terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pessoas a quem nunca agradecemos - Steve Goodier

Certo dia William Stidger, quando ainda dava aulas na Boston University, pensou sobre as pessoas a quem ele nunca agradeceu: as que o educaram, as que o inspiraram ou as que cuidaram dele bem, cuidaram dele tão bem a ponto de deixar uma impressão duradoura.
Uma dessas pessoas era uma professora, de quem havia muito ele não tinha notícias. No entanto, ele se lembrava de que ela se empenhara sobre maneira para que ele viesse a nutrir amor pelos poemas.William se tornou um apaixonado pela poesia, algo que sempre cultivou em sua vida, por isso, escreveu uma carta de agradecimento a ela.
A resposta que recebeu, em que a letra revelava fragilidade de uma pessoa idosa, iniciava de maneira inesperada: " Meu querido Willianzinho". Ele ficou encantado. Afinal, hoje com mais de 50 anos, calvo e catedrático, não imaginava que ainda houvesse alguém que o tratasse de "Willianzinho". Eis a carta:


Meu querido Willianzinho,


Seria capaz de lhe dizer o quanto sua carta foi importante para mim. Já tenho mais de 80 anos, moro sozinha, em um pequeno quarto, e eu mesma faço a minha comida. Sou uma retardatária, como a última folha do outono que custa a cair. Talvez você fique surpreso de saber que lecionei 50 anos, e sua carta foi o primeiro e único reconhecimento que recebi em minha carreira. Ela chegou em uma triste manhã de inverno e me alegrou sobre maneira, algo que acontecia havia anos.


Embora não chorasse com facilidade, William derramou lágrimas sobre aquela carta. Essa professora era uma das pessoas de seu passado a quem nunca agradecera. Você também sabe disso. Todos nós sabemos. O professor que faz diferença em sua vida; o técnico que você jamais esquecerá; o professor de música e da Escola Dominical que nos ajudaram a ter confiança em nós mesmos. O líder dos escoteiros que se preocupava com você.
Todos nos lembramos de pessoas que modelaram a nossa vida das mais variadas formas. Pessoas cuja influência nos transformou.
William Stidger encontrou uma maneira de demonstrar seu agradecimento - ele escrevia cartas.

"Palavras gentis podem ser breves e fáceis de dizer; mas seu eco é verdadeiramente eterno." 
                                              
                                                                        Madre Teresa

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