Parábolas


Contam que, em uma marcenaria, houve
uma estranha assembléia.
Foi uma reunião onde
as ferramentas juntaram-se
para acertar suas diferenças.
Um martelo estava exercendo a presidência,
mas os participantes exigiram
que ele renunciasse.
A causa?
Fazia demasiado barulho e além do mais,
passava todo tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa,
mas pediu que também fosse expulso
o parafuso, alegando que ele dava
muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque o parafuso
concordou, mas por sua vez pediu
a expulsão da lixa.
Disse que ela era muito áspera no tratamento
com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com a condição de que
se expulsasse o metro, que sempre media
os outros segundo a sua medida,
como se fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o marceneiro,
juntou todos e iniciou o seu trabalho.
Utilizou o martelo, a lixa,
o metro, o parafuso...

Quando o marceneiro foi embora,
as ferramentas voltaram à discussão.
E a rústica madeira se
converteu em belos móveis.
Mas o serrote adiantou-se e disse:
   Senhores, ficou
demonstrado que temos
defeitos, mas o marceneiro
trabalha com nossas qualidades,
ressaltando nossos pontos valiosos...
Portanto, em vez de pensar em nossas
fraquezas, devemos nos concentrar
em nossos pontos fortes.

Então a assembléia entendeu
que o martelo era forte,
o parafuso unia e dava força,
a lixa era especial para limpar
e afinar asperezas,
e o metro era preciso e exato.
e uma grande alegria tomou conta de todos
pela oportunidade de trabalharem juntos.
Sentiram-se como uma equipe, capaz de
produzir com qualidade.
O mesmo ocorre com os
seres humanos.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra,
a situação torna-se tensa e negativa.
Ao contrário, quando se busca com sinceridade os
pontos fortes dos outros, florescem as melhores
conquistas humanas.







O Lenhador e a Raposa


Um Lenhador acordava ás 6 da manhã e 
trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele 
tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada 
como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o 
lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao 
anoitecer, a raposa ficava feliz com sua chegada. 
Os Vizinhos do lenhador alertavam que a 
raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era um bicho, 
um animal confiável, e quando sentisse fome, comeria a criança. O 
lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua 
amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: 


- Lenhador, abra os olhos ! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai comer seu filho ! 


Um dia o lenhador, exausto do trabalho 
e cansado desses comentários, chegou a casa e viu a raposa sorrindo 
como sempre, com sua boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou 
frio e, sem pensar duas vezes, acertou o machado na cabeça da raposa. 
Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, 
dormindo tranquilamente, e ao lado do berço, uma cobra morta. 


Controlar nossos impulsos assegura serenidade e razão ás nossas decisões.


 As Colheres de Cabo Comprido

          Dizem  que Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno. Foram primeiro ao  inferno. Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão  de sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada  uma delas segurava uma colher de cabo bem comprido, que lhes permitia  alcançar o caldeirão, mas não a própria boca. O sofrimento era grande. Em  seguida, foram ao céu. Era uma sala idêntica à primeira: havia o  mesmo caldeirão , as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A  diferença é que todos estavam saciados.
          - Eu não compreendo - disse o  homem a Deus - porque aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala  morrem de aflição, se é tudo igual?
          Deus sorriu e respondeu:
          -Você não  percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos  outros.


  


Colocando pontos em nossa vida
          Um homem rico estava muito mal.Pediu papel e pena e escreveu: “Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.”
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1.       O sobrinho fez a seguinte pontuação:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
2.       A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
“Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
3.       O alfaiate pediu a cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.”
4.       Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não. A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.”
             Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.

Pegadas na areia
            
               Uma noite eu tive um sonho... Sonhei que estava andando na praia Contigo e, através do céu, passavam cenas de minha vida. Para cada cena que passava, percebi que eram deixados dois pares de pagadas na areia: um era o meu; o outro, o Teu. Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes no caminho de minha vida havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos da minha vida. Isso me aborreceu deveras, e então perguntei-Te:
             - Tu me disseste, quando resolvi Te seguir, que andarias sempre comigo todo o caminho. Mas notei que, durante as maiores tribulações do meu viver, havia na areia dos caminhos da vida apenas um par de pegadas. Não compreendo por que nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixaste.
              Deus respondeu:
              - Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento. Quando vistes na areia apenas um par de pegadas, eram as minhas, foi exatamente aí que eu te carreguei em meus braços.

O último conselho de um sábio

              O discípulo de um filósofo foi procurar seu mestre que estava para morrer e perguntou-lhe:
              - Não terias mais alguma coisa a dizer a teu discípulo?
              O sábio, então, abriu a boca e ordenou ao jovem que olhasse lá dentro.
              - Vês minha língua? – perguntou.
              - Claro - respondeu o discípulo.
              - E os meus dentes, ainda existem perfeitos?
              O discípulo replicou:
              -Não...
              - E sabes por que a língua sobrevive aos dentes?... É porque é mole e flexível. Os dentes se acabam e caem primeiro porque são duros. Assim aprendeste tudo o que vale a pena aprender. Nada mais tenho a ensinar-te.
O Destino está em suas mãos

            Conta-se que certa vez um homem muito maldoso resolveu pregar uma peça em um mestre, famoso por sua sabedoria. Preparou uma armadilha infalível, como somente os maus podem conceber. Tomou um pássaro e o segurou entre as mãos, imaginando que iria até o idoso e experiente mestre, formulando-lhe a seguinte pergunta:
           -Mestre, o passarinho que trago nas mãos esta  vivo ou morto?
Naturalmente, se o  mestre respondesse que estava vivo, ele o esmagaria com as mãos, mostrando o pequeno cadáver. Se a resposta fosse que estava morto, ele abriria as mãos, libertando-o e permitindo que voasse, ganhando as alturas. Qualquer que fosse a resposta, ele incorreria em erro aos olhos de todos que assistissem à cena.
           Assim pensou, assim fez.
           Quando vários discípulos se encontravam ao redor do venerado senhor, ele se aproximou e Formulou a pergunta fatal. O sábio olhou profundamente o homem nos olhos. Parecia desejar examinar o mais escondido de sua alma, depois respondeu, calmo e seguro:
           - O destino desse pássaro, meu filho, está em suas mãos.